Confira a íntegra da opinião lançada pelo Rondônia Dinâmica
Porto Velho, RO – As eleições de 2024 estão se aproximando e cada vez mais há movimentações nos bastidores. Atualmente, uma das grandes questões em destaque é se o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, e seus apoiadores mais fervorosos terão influência nas escolhas das 52 cidades de Rondônia. A resposta é muito provavelmente sim.
Apesar das derrotas expressivas sofridas tanto pelo próprio Bolsonaro, derrotado por Lula, do PT, nos dois turnos das eleições presidenciais, quanto por Marcos Rogério, senador licenciado, e Mariana Carvalho, ex-deputada federal, todos ainda possuem influência política significativa na região.
Bolsonaro obteve 70,66% dos votos válidos no segundo turno das eleições, enquanto o petista recebeu apenas 29,34%. Isso demonstra a preferência popular e resultou na ascensão de novas lideranças de direita ao poder, como o pecuarista Jaime Bagattoli, do PL, que derrotou Mariana Carvalho, e o deputado estadual Rodrigo Camargo, do Republicanos.
Outro ponto a ser destacado é a reeleição do militar Coronel Chrisóstomo, do PL, como deputado federal por mais quatro anos, e a mudança de partido de Sílvia Cristina, que deixou o PDT para se juntar à legenda de Jair Bolsonaro entre um mandato e outro.
Vale ressaltar que a bancada federal não possui nenhum representante da esquerda na Câmara dos Deputados. No Senado, há um centrista, que talvez possa ser considerado o mais próximo de ser chamado de progressista, o ex-governador Confúcio Moura, do MDB.
No entanto, o político mais forte e provavelmente mais influente de todos é Marcos Rocha, do União Brasil, eleito e reeleito. Rocha é um fiel seguidor de Bolsonaro e, ao contrário de Marcos Rogério, não precisou se manter à sombra do candidato à presidência para retornar ao Palácio Rio Madeira.
Isso significa que Rocha tem poder suficiente e autonomia para escolher seus preferidos na hora de formar alianças políticas, o que se torna ainda mais evidente com sua parceria com o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, também do mesmo partido. Chaves, embora seja um político de direita, não possui um vínculo direto com o bolsonarismo.
Por isso, especula-se desde já que a maior força política de 2024, na corrida para suceder Chaves, provavelmente será Mariana Carvalho, com o apoio da Igreja Universal e a aprovação da dupla Rocha-Hildon.
No próximo ano, a população também terá a oportunidade de eleger os vereadores nas câmaras municipais de Rondônia. Além disso, pensando em obter aliados nas prefeituras, todos entrarão na "batalha" para garantir o apoio dos representantes locais.
Em resumo, é importante ficar de olho desde já nessas movimentações políticas.
Fonte: Rondoniadinamica
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