Semana passada, o presidente Biden disse que havia tomado a “difícil decisão” de aprovar a transferência
Porto Velho, RO - Um general ucraniano confirmou à CNN nesta quinta-feira (13) que a Ucrânia recebeu as controversas bombas de fragmentação dos Estados Unidos, depois que o presidente Joe Biden disse na semana passada que havia tomado a “difícil decisão” de aprovar a transferência para o país.
“Acabamos de adquiri-los, ainda não os usamos, mas eles podem mudar radicalmente [o campo de batalha]”, disse o general Oleksandr Tarnavskyi, comandante da Tavria Joint Forces Operation, à CNN.
“O inimigo também entende que, ao conseguir essa munição, teremos uma vantagem. O inimigo vai ceder aquela parte do terreno onde é possível usar isso”, disse.
A liderança sênior decidirá sobre as “áreas de território onde pode ser usado”, disse Tarnavskyi, observando que “esta é uma arma muito poderosa”.
Tarnavskyi enfatizou as restrições ao uso de bombas, dizendo que é proibido em áreas densamente povoadas, mesmo que ocupadas por forças russas.
Os EUA disseram ter garantias por escrito da Ucrânia de que não serão usados em áreas com civis e que seu uso será rastreado para eventuais operações de desminagem.
“Os russos acham que vamos usá-lo em todas as áreas da frente”, acrescentou. “Isso é muito errado. Mas eles estão muito preocupados.”
Os EUA disseram que a decisão de fornecer bombas de fragmentação à Ucrânia se deve ao baixo fornecimento de cartuchos de artilharia padrão de Kiev.
O fornecimento de bombas é “temporário”, de acordo com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.
“Quando [a produção] atingir um nível em que a produção unitária possa satisfazer as necessidades da Ucrânia, não haverá necessidade de continuar fornecendo munições cluster”, disse ele na terça-feira (11), recusando-se a fornecer um cronograma.
Por que as bombas de fragmentação são controversas
As munições cluster são cartuchos que carregam de dezenas a centenas de bombas menores, que se abrem acima de um alvo pretendido, dispersando as bombas naquela área.
Eles são fundidos por um cronômetro para explodir mais perto ou no chão, espalhando estilhaços projetados para matar tropas ou destruir veículos blindados, como tanques.
As armas foram proibidas por mais de 100 nações, porque as bombas que elas espalham caem em uma ampla área, representando um risco para os não combatentes.
A Rússia, no entanto, usou essas munições durante a invasão da Ucrânia.
Fonte: CNN Brasil
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