Os suspeitos podem enfrentar penas de até 18 anos de reclusão, caso sejam condenadosPorto Velho, RO - Nesta quarta-feira (23), a Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União, deflagrou a Operação Água Benta, com o objetivo de investigar crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro nos contratos do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).
Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Ariquemes e Colorado do Oeste. Além disso, o diretor do campus foi afastado cautelarmente de seu cargo, conforme determinação judicial.
As investigações revelaram irregularidades em um Pregão Eletrônico realizado pelo IFRO Ariquemes, que tinha como objetivo a compra de água mineral e gás de cozinha no valor de R$ 129.229,74. Surpreendentemente, a empresa vencedora do pregão era de propriedade do próprio diretor do campus, que utilizou o nome de sua esposa como "laranja" para ocultar a titularidade da empresa.
Ao longo de 2022, a empresa do diretor do campus de Ariquemes obteve contratos no valor aproximado de R$ 600 mil com o IFRO. Além disso, descobriu-se que outra empresa contratada no mesmo processo licitatório era, na verdade, uma igreja que emprestava seu nome para ocultar que a empresa do diretor do IFRO era a verdadeira prestadora dos serviços. Os pagamentos pelos serviços prestados eram direcionados para a empresa do diretor.
É importante ressaltar que nenhuma das empresas envolvidas possuía empregados registrados, o que levanta suspeitas de que sejam empresas de fachada.
Os suspeitos podem enfrentar penas de até 18 anos de reclusão, caso sejam condenados. O nome da operação, Água Benta, foi escolhido em referência ao fato de uma das empresas contratadas pelo IFRO ser uma igreja.
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União seguem investigando o caso para identificar todos os envolvidos e levar os responsáveis à justiça, garantindo a transparência e a correta aplicação dos recursos públicos no Instituto Federal de Rondônia.
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