Ditadura chinesa, que prende em massa a minoria muçulmana uigur em "centros de educação", aponta o dedo para Israel em Gaza. Foto: Reprodução
Porto Velho, RO - O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu à comunidade internacional ações urgentes para interromper o “desastre humanitário” em Gaza. Uma delegação de ministros das Relações Exteriores de Autoridade Palestina, Indonésia, Egito, Arábia Saudita e Jordânia está em Pequim esta semana para conversas sobre o conflito.
“Vamos trabalhar juntos para rapidamente acalmar a situação em Gaza e restaurar a paz no Oriente Médio o mais rápido possível”, disse o representante da ditadura chinesa aos diplomatas árabes que visitam o país. “Um desastre humanitário está se desenrolando em Gaza”, enfatizou. Para Wang Li, “a situação em Gaza afeta todos os países ao redor do mundo, questionando o senso humano de certo e errado e o limite inferior da humanidade”.
Segundo relatório “Freedom in the World 2023” (“Liberdade no Mundo 2023”), da Freedom House, a China não é um país livre, com apenas nove pontos em 100 possíveis no ranking de liberdade da instituição. No mesmo ranking, Israel é considerada uma democracia, com 77 pontos nos 100 possíveis.
A China é considerada uma ditadura porque impõe severas restrições à liberdade de expressão e de ensino. A política, a economia, o Judiciário e os sindicatos são controlados pelo governo; a internet e a imprensa não são livres, entre outros parâmetros que caracterizam claramente regimes autoritários. Em todos esses pontos e, em vários outros, Israel é o oposto, um país democrático e livre, regime único em sua região.
A minoria muçulmana uigur é constantemente alvo de perseguições do governo chinês, que implementou “campos de reeducação” na região de Xinjiang, no noroeste da China (oficialmente, “Centros de Educação e Treinamento Vocacional”). Os chineses justificam as prisões em massa como “combate ao extremismo”, argumento questionado por organizações de diretos humanos.
As constantes práticas totalitárias do regime chinês, que ecoam a narrativa do Hamas e do extremismo islâmico, desmoralizam as acusações a Israel sobre Gaza. Recentemente, Joe Biden, presidente americano, chamou Xi Jinping de “ditador”. A plataforma chinesa TikTok se envolveu recentemente numa polêmica por viralizar vídeos de influenciadores elogiando o terrorista Osama bin Laden e sua “Carta para a América”, libelo antissemita e conspiracionista.
Fonte: O Antagonista
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