Condenar a violência nas arenas e garantir a decência e ordem nos eventos esportivos, por Juvenil Coelho

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Condenar a violência nas arenas e garantir a decência e ordem nos eventos esportivos, por Juvenil Coelho



Porto Velho, RO - Não todos sabem das origens, ou melhor dizendo, da forma como o esporte se estabeleceu e o porquê desta iniciativa rebuscada. Por isso, a premente necessidade de se falar um pouco de uma figura mitológica exponencial: o Deus grego de nome figurativo Zeus. Há quase mil anos antes de Cristo, representava a suprema majestade da antiga e enigmática Grécia, berço da civilização universal. Segundo as crenças e tradições da época, foi ele, a imponente e consagrada personagem mor, que regia não só a alta corte, mas também os astros, céus e todo o firmamento terrestre.

Por conseguinte, os destinos das criaturas humanas, por séculos a fio. Como divindade superior, foram erguidos templos em seu nome e memória. Mas se tornava imprescindível as homenagens populares, feitas pela ardorosa força das multidões, com a finalidade precípua de engrandecê-lo e exaltá-lo. Afinal, o soberano Zeus era o mantenedor da justiça e da ordem social. Não por acaso, foi escolhido o monte Olimpo, ficticiamente a morada sobrenatural dos reis. Assim, foram criadas as condições ideais para a efetivação das primeiras edições das Olimpíadas, por volta de 770 a.C.

Certo é que, inicialmente, todas as competições e conquistas tinham cunho desportivo, mesmo as de artes marciais, mas no fundo eram ligadas aos rituais religiosos, convergindo para a idolatria dos supostos deuses do Olimpo. Mesmo sem querer esticar a corda das delongas, é curioso observar que ao longo dos séculos multiplicaram-se em variedades e tamanho os competitivos eventos socioesportivos, que hoje representam os grandes espetáculos de entretenimento e lazer nas orlas dos cinco continentes.

Diante desta grandeza eufórica, de paixão e emoção que o esporte produz, não é justo que seja ofuscado pela pobreza de espírito de alguns paupérrimos grupos ou mesmo por isoladas pessoas de índole doentia que insistem em sabotar, agredindo a reputação dos praticantes e as preciosas modalidades desportivas.

Por fim, como marca saudosista dos bons tempos da escola futebolística, queremos novamente recitar em alto estilo e bom som a manchinha do maestro Barbosa, na memorável Copa do Mundo de 1970, na cidade do México. Sim, aquela mesma que em seus meandros da composição diz: 'Noventa milhões em ação, pra frente Brasil, salve a seleção.'

São estas coisas que nos proporcionam furos e garra na torcida pelo maravilhoso esporte Betrão. Pois este estribilho musical marcou com letras graúdas a nossa vaidosa torcida, a ponto de suar em nossos tímpanos até hoje, como um refrão sólido e suave. Quem sabe seja isto que falta à nova geração de craques. Ao mesmo tempo, é preciso entender que os méritos das vitórias conquistadas não têm cor, nem mesmo identidade.

Por justo, os atos racistas não têm sentido, pois haverão de se desmistificar na eufórica arte dos mais habilidosos. Assim também, o ódio não tem mais espaço sustentável, dentro ou fora dos campos. Vamos, portanto, expurgar de vez da nossa convivência ordeira.


O autor é analista político e diretor do Instituto Phoenix de Pesquisa.


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