Triste sina do depredado Candeias do Jamari (II), por Juvenil Coelho

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Triste sina do depredado Candeias do Jamari (II), por Juvenil Coelho



Porto Velho, RO - Diante de tantos desmandos nos atos e serviços públicos no sofrido município de Candeias, culminando em frequentes desgastes, expropriação do patrimônio, má versação dos recursos públicos e outras questões desagradáveis, inclusive tragédias como assassinatos de dirigentes e diversas ocorrências.

O certo é que até o ex-prefeito da capital, Zé Guedes, que sancionou a promulgação do distrito a município, deve estar muito arrependido do feito cívico. Após tomar conhecimento das tumultuações e transgressões no elevado município que ele ajudou a criar.

Tantos foram os prefeitos, até vereadores, envolvidos em falcatruas e tramoias, alguns presos, outros acusados e processados por ações corruptas, desvios de verbas e outras irregularidades. Hoje, o município ressente-se da falta de recursos para gerir suas carências sociais, sem falar no descrédito popular. Na educação, as escolas municipais enfrentam sérios problemas estruturais, sem condições adequadas de funcionamento.

Saúde, violência urbana e outras áreas emergenciais, tudo de mal a pior, não só na sede, mas também nas vilas e distritos, todos desassistidos pelo poder público. A situação de Candeias do Jamari é tão caótica que, pela primeira vez, o centro da cidade, incluindo o setor comercial, terá um Natal às escuras, sem a tradicional ornamentação de luzes e adornos que enfeitam as ruas centrais em celebração ao aniversário de Cristo Jesus.

Lamentável, como protestou um antigo morador nesta cidade das hidroelétricas. Em seus 30 e poucos anos de emancipação, nunca se viu tanto desemprego, conforme relatou uma professora aposentada. Roubos e furtos estão sendo praticados diariamente a céu aberto. Assim, o primoroso município do passado vem se sucumbindo, tornando-se um antro de desocupados.

Resultado disso é que muitos moradores estão colocando suas casas à venda, na esperança de deixarem a cidade em breve. Para concluir, aproveitamos este momento para incluir neste relato uma estrofe da música popular: 'Apagaram o candeeiro e derramaram o gás.

Eu neste coco num vateio mais, coisa boa neste escuro, já sei que não sai.' Apesar de o contexto social ser diferente, encaixa-se perfeitamente na situação dos candeienses. Além de apagarem a candeia, ainda derramaram o gás, que maldade, gente.


O autor é jornalista e diretor do Instituto Phoenix de Pesquisa Descritiva."


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