“O que eu quero é que seja investigado e apurado. Quem tiver responsabilidade pelos seus erros que pague”, disse o presidente Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (8/2), que deseja que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha o direito a “presunção de inocência”. Ao contrário, ainda segundo o petista, de como ele foi tratado nas investigações da Lava Jato.
“Não quero fazer julgamento do que pode acontecer na Justiça brasileira. O que eu quero é que o ‘seu’ Bolsonaro tenha presunção de inocência que eu não tive. O que eu quero é que seja investigado e apurado. Quem tiver responsabilidade pelos seus erros que pague”, disse.
Na manhã desta quinta, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Bolsonaro recebeu 24 horas para entregar seu passaporte à Justiça.
A declaração do petista foi dada durante entrevista à Rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, Minas Gerais, na primeira vez que Lula vai ao estado desde que venceu as eleições presidenciais de 2022.
Bolsonaro está impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo por oito anos, a contar de 2022, por abuso de poder político. Ele foi condenado, em junho de 2023, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Trump e bolsonarismo
Ao ser perguntado se uma possível vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos (EUA) poderia fortalecer o bolsonarismo, Lula disse que as Eleições dos EUA não vão influenciar as questões domésticas do Brasil.
“Sinceramente não acredito que a eleição do Trump venha ter influência na eleição brasileira porque nunca teve. Acho que o Trump é uma questão americana, é a loucura americana. O outro [Bolsonaro] foi a loucura aqui”, brincou o petista.
Lula reforçou que foi “eleito para governar” e revelou que não fica pensando no que aconteceu em 2022, “quando se gastou quase US$ 60 bilhões no dinheiro público para tentar evitar que eu ganhasse as eleições”.
Fonte: Metropoles
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