Investigação da PF revelou várias minutas para tentativa de golpe de Estado. Uma delas pedia a prisão de ministros do STF
Porto Velho, RO - Uma das minutas identificadas pela Polícia Federal (PF), que teria sido preparada por pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um preparativo de tentativa de golpe de estado, previa a prisão de diversas autoridades.
O documento decretava a prisão de diversas autoridades, como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Por fim, a minuta ainda previa a realização de novas eleições.
Segundo as investigações da PF, Bolsonaro pediu que os nomes de Pacheco e Gilmar fossem retirados do texto, mas o de Moraes, mantido.
Essa minuta é citada em decisão de Moraes que determinou buscas e apreensões em endereços de várias pessoas próximas de Bolsonaro, suspeitas de arquitetar um golpe de estado.
Tempus Veritatis
A PF cumpriu vários mandados de prisão e busca nesta quinta-feira (8/2) no contexto de uma investigação sobre uma organização criminosa que trabalhou para uma tentativa de golpe de Estado. Um dos alvos é o ex-presidente Bolsonaro.
Também foram alvos de busca e apreensão pessoas próximas de Bolsonaro e que fizeram parte de seu governo, como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto e Anderson Torres, que chefiaram as pastas da Defesa e Justiça respectivamente.
Já entre os presos estão o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Marcelo Câmara. Atualmente, Câmara era segurança de Bolsonaro contratado pelo PL.
Outros presos na operação desta quinta são o coronel do Exército, Bernardo Romão, e o major das Forças Especiais do Exército, Rafael Martins.
No total, são cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. A operação foi batizada de Tempus Veritatis.
Fonte: Metropoles
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