Relatório de Luis Felipe Salomão aponta ilegalidades na gestão de recursos da operação, levando a abertura de Processo Administrativo Disciplinar contra Hardt e desembargadores
Porto Velho, RO - O corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, disse que a divulgação do extenso relatório que expôs supostas irregularidades na administração de recursos da Operação Lava Jato, visa iniciar investigações conduzidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a juíza Gabriela Hardt, responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba, e outros três juízes, incluindo Sergio Moro, este último sujeito a julgamento separado, destaca o jornal Folha de S. Paulo.
Na última terça-feira (16), durante a sessão deliberativa do CNJ, Salomão defendeu a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
As supostas irregularidades foram identificadas em correições realizadas na 13ª Vara e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), onde os processos da Lava Jato também foram conduzidos. Salomão havia afastado os quatro magistrados anteriormente, alegando que Hardt havia "aparentemente" agido ilegalmente, citando crimes como desvio, prevaricação e corrupção passiva.
Contudo, o afastamento de Hardt e do atual titular da 13ª Vara Federal, Danilo Pereira Júnior, foi revertido por uma estreita margem de votos (8 a 7), incluindo o voto do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. A maioria dos conselheiros do CNJ, no entanto, sinalizou apoio à abertura do PAD, que poderá resultar em punições como a aposentadoria compulsória dos magistrados.
Fonte: Brasil247
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