A sábia e milenar política sempre recomenda sólidas democracias, por Juvenil Coelho

Editors Choice

3/recent/post-list

Geral

3/GERAL/post-list

Mundo

3/Mundo/post-list
Brasil 364

A sábia e milenar política sempre recomenda sólidas democracias, por Juvenil Coelho



Porto Velho, RO - Queiram ou não os astutos historiadores, pensadores de todas as eras e tempos remotos, ou mesmo os rebeldes e aristocráticos mandatários que sempre se opuseram aos ditames da imponente e alvissareira arte política, o certo é que sempre se faz diligentemente oportuno e necessário enaltecer e referenciar os pilares da nobre ciência aristotélica, defensora irredutível dos preceitos da convivência pacífica, especialmente nos conturbados momentos de turbulência social, tais quais os que vivenciamos hoje, neste mundão de meu Deus.

Embora nos pareçam palavras análogas ou semelhantes, os dois termos: política e democracia caminham juntos e inseparáveis, porém com pleitos diametralmente opostos, pois se distinguem nas questões de aplicabilidade. Enquanto a política determina o rito, a democracia exercita e doutrina o sistema. Certamente, que qualquer regime democrático, universalmente reconhecido e não absolutista, se reveste de poder e legitimidade na jurisprudência política.

Vejam só, para aqueles que demonizam injustamente a política, a democracia pode ser sempre a salvação do Estado, mesmo quando eles, os maus governantes, se caracterizam como os próprios infernizadores. Não sabem, ou outrora se fazem de rogados, que quando o sábio Aristóteles fundamentou a arte da política, tinha como objetivo maior produzir a felicidade e o bem-estar entre os cidadãos, em coletividade.

Assim, a política partidária não passa de excremento das suas sujas cabeças idealizadoras. Tanto é que, inspirado no seu preceptor, Alexandre o Grande, escreveu sua maior obra em sete sublimes volumes, que norteiam até hoje os princípios básicos de cidadania e moralidade, associados à política dos bons costumes.

Não restam dúvidas de que o mais salutar seria vivermos em um mundo politicamente correto: de ordem, paz, harmonia e justiça social, onde o poder e as riquezas fossem repartidas com igualdade, onde imperasse o senso solidário, e as escolhas dos líderes e governantes fossem sempre feitas pelo sufrágio universal.

Em suma, esta seria a democracia dos sonhos, dos indivíduos comprometidos com suas famílias e defensores intransigentes de suas legítimas propriedades. Por fim, vale lembrar que uma nação comandada por regimes ditatoriais jamais será feliz, a exemplo de Portugal até meio século atrás, que convivia com as agruras de um poder ditatorial. Ou mesmo a nossa vizinha Venezuela, tida como um dos países mais ricos das Américas, passa hoje por uma existência sem limites, numa crise moral e econômica sem precedentes.

Por outro lado, haveremos de tirar o chapéu para os países nórdicos europeus, como a Finlândia e Noruega, onde seus concidadãos, ao cometerem crimes inadvertidos, buscam a justiça para serem punidos pelos erros. Mesmo que não sirvam de parâmetro para nossas plagas, já que têm suas economias estáveis, mas que ao menos nos oferecem lições de politização.

Diante dos bons e maus exemplos, não podemos esquecer que cada país terá sempre o governo que merece, pois são as massas que elegem seus representantes. Em síntese, uma nação em que a grande maioria de seus eleitores vende ou troca seus votos será sempre escravizada pela sua elite.

O autor é analista político e diretor executivo do Instituto Phoenix de Pesquisa Descritiva.


Postar um comentário

0 Comentários