Palestra atraiu dezenas de estudantes, professores e produtores rurais
Porto Velho, RO - A raiva, uma doença infecciosa grave que afeta tanto animais quanto seres humanos, e foi um dos temas das oficinas técnicas realizadas nesta quarta-feira (22), na 11ª Rondônia Rural Show Internacional, em Ji-Paraná. O alerta foi principalmente sobre os sintomas e riscos da doença, com ênfase na prevenção por meio da vacina.
Promovida pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), a oficina contou com a participação de produtores rurais, estudantes e professores, e abordou os sintomas e métodos de prevenção à doença.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha as atividades de controle da raiva em herbívoros são coordenadas e supervisionadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e, no estado, são executadas pela Idaron.
SINTOMAS E CONTROLE
Conforme o palestrante, médico veterinário da unidade da Idaron de Ji-Paraná, Bruno Araújo de Pinho, a raiva não tem cura, mas pode ser prevenida através da vacinação. “Nos herbívoros, a raiva é transmitida principalmente por morcegos hematófagos conhecidos como morcegos vampiros, especialmente da espécie Desmodus rotundus, por meio da mordida. A doença não tem tratamento e, ao contrário de animais de pequeno porte, a exemplo dos cães, a raiva em herbívoros se manifesta com sintomas de paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e dilatação da pupila”, explicou.
O médico veterinário destacou ainda que, a Agência Idaron trabalha com estratégias de vacinação dos herbívoros domésticos (bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos) e controle da população de morcegos hematófagos, por meio do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), em integração com o Mapa.
O presidente da Idaron, Julio Peres evidenciou que, dentre os maiores riscos da raiva para pecuária está a perda direta de animais, por se tratar de uma doença fatal. “A vacinação contra a raiva é a maneira mais eficaz de prevenção à doença e é recomendada a partir do 3º mês de idade dos herbívoros domésticos, com reforço após 30 dias e, a revacinação anual para o controle”, afirmou.
PARTICIPAÇÃO
A iniciativa foi elogiada pela estudante do curso Técnico em Agropecuária, de uma escola agrícola de Ji-Paraná, Dheyme Teixeira. “Conhecia os sintomas da raiva, mas achei a palestra muito elucidativa, principalmente para as pessoas que estudam sobre o assunto”, pontuou
A professora do Mestrado e Ensino de Ciências da Natureza, da Universidade Federal de Rondônia (Unir), de Rolim de Moura, Franciele Santos, também prestigiou a atividade e destacou a forma metodológica com a qual o tema foi abordado. “A dinâmica da atividade possibilitou a compreensão das pessoas, e certamente surtirá efeito no combate à raiva dos herbívoros”, destacou.
ORIENTAÇÕES
Durante a atividade, foi orientado aos produtores rurais, que caso um herbívoro apresente sinais da doença, o produtor deve entrar em contato com a Idaron o mais rápido possível para notificar a suspeita e, assim, dar início as ações de controle e vigilância da doença.
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