Porto Velho, RO - Em um movimento inesperado, a Comissão Eleitoral da Federação de Voleibol de Rondônia, nomeada pela presidente em exercício, anunciou o cancelamento das eleições que estavam marcadas para o próximo dia 24 de julho de 2024. A decisão foi tomada após a inscrição das chapas, gerando um novo capítulo na conturbada história eleitoral da federação.
Desde 2022, quando a Justiça afastou o então presidente eleito por irregularidades, a vice-presidente assumiu o cargo e ficou responsável por organizar um novo pleito que seguisse as disposições estatutárias e legais. No entanto, a atual decisão da Comissão Eleitoral de cancelar as eleições – já convocadas e com duas chapas inscritas, uma da situação e outra da oposição – gerou grande controvérsia.
A justificativa apresentada pela Comissão Eleitoral para o cancelamento é a suposta vacância dos representantes dos atletas com direito a voto, o que, segundo eles, prejudicaria o processo eleitoral. Contudo, há suspeitas de que essa seja uma manobra para impedir a vitória da chapa de oposição, que supostamente conta com o apoio da maioria do colégio eleitoral.
Fontes internas indicam que a Comissão Eleitoral, sem competência aparente, impugnou os votos dos representantes dos atletas antes mesmo da realização da Assembleia Geral Ordinária das Eleições. Além disso, foi determinada a realização de uma nova eleição para a Comissão de Atletas, apesar do mandato atual estar vigente e ser reconhecido por decisão judicial.
Esse cenário promete resultar em nova judicialização, uma vez que a decisão da Comissão Eleitoral é vista como repleta de irregularidades. A oposição já sinalizou que pretende contestar judicialmente o cancelamento das eleições, buscando garantir a lisura e a legalidade do processo.
O impasse coloca em xeque a governança da Federação de Voleibol de Rondônia e lança incertezas sobre o futuro da entidade. O desfecho dessa disputa poderá definir não apenas os rumos administrativos, mas também o desenvolvimento do voleibol no estado.
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