Avião da Voepass, em foto de arquivo — Foto: Divulgação / Guilherme Oliveira
Porto Velho, Rondônia - Um relatório interno da Voepass obtido pelo GLOBO relata uma ocorrência envolvendo um avião ATR 72, de matrícula PP-PTM. No dia 29 de janeiro, o comandante da aeronave identificou sinais de fogo e vazamento de óleo próximo à hélice da turbina. Segundo o especialista de segurança de voo Bruno Pugliesi Goi, tratou-se de um caso de "partida quente".
— Em qualquer aeronave de turbina, com hélice ou sem, pode acontecer de ter fogo durante o acionamento. A gente chama de partida quente. Por algum motivo a turbina não gira na velocidade que precisa ou o vento não passa muito bem, e acontece de pegar fogo uma parte da turbina — explica Bruno Goi.
De acordo com o relatório, os funcionários da companhia aérea identificaram fumaça e um pequeno sinal de fogo possivelmente motivado por um vazamento de óleo. O comandante relatou ter sido avisado das chamas por um comissário, que afirmava ter sentido um "cheiro estranho". Ele procedeu com o corte do motor.
Porto Velho, Rondônia - Um relatório interno da Voepass obtido pelo GLOBO relata uma ocorrência envolvendo um avião ATR 72, de matrícula PP-PTM. No dia 29 de janeiro, o comandante da aeronave identificou sinais de fogo e vazamento de óleo próximo à hélice da turbina. Segundo o especialista de segurança de voo Bruno Pugliesi Goi, tratou-se de um caso de "partida quente".
— Em qualquer aeronave de turbina, com hélice ou sem, pode acontecer de ter fogo durante o acionamento. A gente chama de partida quente. Por algum motivo a turbina não gira na velocidade que precisa ou o vento não passa muito bem, e acontece de pegar fogo uma parte da turbina — explica Bruno Goi.
De acordo com o relatório, os funcionários da companhia aérea identificaram fumaça e um pequeno sinal de fogo possivelmente motivado por um vazamento de óleo. O comandante relatou ter sido avisado das chamas por um comissário, que afirmava ter sentido um "cheiro estranho". Ele procedeu com o corte do motor.
Reclamação de tripulante da Voepass — Foto: O Globo
Segundo Bruno Goi, em geral, as chances de fogo estão limitadas ao momento do acionamento, não depois dele.
— É um procedimento padrão do dia a dia. A turbina não vai pegar fogo depois de acionada, só se acontecer uma colisão com uma ave — afirma ele, citando o caso do voo da US Airways que precisou pousar no rio Hudson, em Nova York, após aves acertarem suas turbinas.
Ainda de acordo com o especialista, os pilotos da aeronave não precisaram acionar o "punho de fogo", garrafas de extintores de incêndio que estouram dentro da turbina quando acionadas em caso de incêndio.
Queda em Vinhedo: 52 corpos identificados
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo informou na manhã desta quarta-feira que conseguiu identificar 52 corpos retirados dos destroços do avião da Voepass Linhas Aéreas, que caiu em Vinhedo, no interior do estado. Até o momento, 27 restos mortais foram liberados para os familiares.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) acrescentou, em nota, que a partir das 8h30 se inicia o processo de comunicação aos familiares para as devidas liberações.Ao todo, mais de de 40 médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalham na identificação das vítimas.
A maioria das vítimas era oriunda do Paraná. A aeronave partiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP) na sexta-feira. Havia entre as vítimas três venezuelanos e uma mulher com cidadania portuguesa.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários