PF faz operação contra grupo que usava casas de câmbio para lavar dinheiro do tráfico de drogas

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PF faz operação contra grupo que usava casas de câmbio para lavar dinheiro do tráfico de drogas

Investigados movimentaram mais de R$ 82 milhões de origem ilícita ao longo de dois anos; alvos atuavam na fronteira do Brasil com Paraguai e Uruguai

Tiago Godoy Martti, de 26 anos, é apontado como membro do PCC e foi preso no Paraguai — Foto: Divulgação/Senad-Paraguai

Porto Velho, Rondônia -
Um grupo criminoso suspeito de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça-feira. Um dos alvos é Tiago Godoy Martti, de 26 anos. O brasileiro foi detido no começo da manhã em sua casa, em Pedro Juan Cabalero, município paraguaio que fica na fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.

Martti é descrito pela Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad) como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) com atuação na região fronteiriça. Ele era responsável por "dirigir operações de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas através de um esquema que envolve Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai".

PF faz operação contra grupo que usava casas de câmbio para lavar dinheiro do tráfico de drogas — Foto: Divulgação/PF

R$ 82 milhões de origem ilícita


Os investigados movimentaram mais de R$ 82 milhões de origem ilícita ao longo de dois anos. Os alvos atuavam na fronteira do Brasil com Paraguai, Argentina e Uruguai por meio do uso casas de câmbio para branqueamento de capitais.

De acordo com a PF, trata-se de um esquema internacional que "envolve bancos paralelos que se utilizam de pessoas físicas e jurídicas para movimentação de recursos de origem ilícita". Os depósitos e transferências bancárias eram direcionados para "terceiros utilizados como laranjas e para comércios, principalmente supermercados, sediados em regiões de fronteira do Brasil".

Na sequência, os valores eram repassados às casas de câmbio no exterior para, enfim, ficarem disponíveis às organizações criminosas.

Ao todo, são executados 34 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, além de outras medidas cautelares. As ordens judiciais são cumpridas nas cidades de Curitiba/PR, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Caetano do Sul/SP, Natal/RN, Ponta Porã/MS, Chuí/RS, Bagé/RS e Aceguá/RS.

A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de mais de R$ 82 milhões em bens relacionados aos investigados.

Medidas judiciais em execução


Prisões Preventivas: 06Prisões Temporárias: 04Medidas Cautelares diversas da prisão: 12Medidas de Busca e Apreensão: 34

Fonte: O GLOBO

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