Chapada dos Veadeiros, em Goiás, registra queimadas — Foto: Divulgação
Porto Velho, Rondônia - As queimadas podem aumentar as barreiras às exportações brasileiras, como mostra a matéria de Eliane Oliveira, publicada nesta terça-feira, no GLOBO. O Brasil está no meio de uma negociação com a União Europeia, a legislação do bloco estabelece que, a partir de janeiro de 2025, não se pode comprar produtos que venham de área desmatada.
No meio dessa conversa o fogo se espalha pelo país, boa parte por incêndios deliberados, como mostrei em flagrante do Ibama, postado no blog, no qual um proprietário ateava fogo em sua própria fazenda às margens da BR-010, em Tocantins.
O Brasil não está pegando fogo sozinho. Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, disse que a legislação europeia está certa, explicou que o Brasil pleiteia é um tempo a mais para se preparar. A questão é que esses incêndios enfraquecem a argumentação brasileira.
A legislação da União Europeia estabelece que os produtos não poderão vir de área desmatada e, por isso, terão que ter rastreabilidade. A exportação total do Brasil para a UE é de US$ 15 bilhões por ano, é um dos nossos principais mercados.
O Brasil tem as condições tecnológicas e econômicas de identificar a produção que vem de área desmatada. De onde vem, por exemplo, a carne bovina, fazer a rastreabilidade do boi. O país tem adiado esse encontro com a produção comprovadamente sustentada, porque tem muita reação do agronegócio que acha que a legislação europeia que está errada. E não está.
É fato que não é só o Brasil que sofre neste momento com queimadas. Em muitos países, as mudanças climáticas estão agravando esse problema. A mudança climática está nos atingindo também. O país vive a segunda seca severa consecutiva na bacia hidrográfica da Amazônia, que é a maior bacia hidrográfica do mundo. A questão aqui é o fogo colocado.
E isso pode ser identificado com imagens, área florestada que é desmatada e transformada, em seguida, em pasto. O Inpe, o MapBiomas têm essas imagens. É fácil fazer essa comprovação, por exemplo, de que aquele pasto era uma área de floresta que foi desmatada ilegalmente.
O Brasil tem que combater o fogo, como está fazendo no cerrado, por exemplo, prender os criminosos, levá-los à Justiça, deixar evidente o comprometimento do governo tanto com o combate aos incêndios quanto a destruição da floresta amazônica.
Fonte: O GLOBO
Porto Velho, Rondônia - As queimadas podem aumentar as barreiras às exportações brasileiras, como mostra a matéria de Eliane Oliveira, publicada nesta terça-feira, no GLOBO. O Brasil está no meio de uma negociação com a União Europeia, a legislação do bloco estabelece que, a partir de janeiro de 2025, não se pode comprar produtos que venham de área desmatada.
No meio dessa conversa o fogo se espalha pelo país, boa parte por incêndios deliberados, como mostrei em flagrante do Ibama, postado no blog, no qual um proprietário ateava fogo em sua própria fazenda às margens da BR-010, em Tocantins.
O Brasil não está pegando fogo sozinho. Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, disse que a legislação europeia está certa, explicou que o Brasil pleiteia é um tempo a mais para se preparar. A questão é que esses incêndios enfraquecem a argumentação brasileira.
A legislação da União Europeia estabelece que os produtos não poderão vir de área desmatada e, por isso, terão que ter rastreabilidade. A exportação total do Brasil para a UE é de US$ 15 bilhões por ano, é um dos nossos principais mercados.
O Brasil tem as condições tecnológicas e econômicas de identificar a produção que vem de área desmatada. De onde vem, por exemplo, a carne bovina, fazer a rastreabilidade do boi. O país tem adiado esse encontro com a produção comprovadamente sustentada, porque tem muita reação do agronegócio que acha que a legislação europeia que está errada. E não está.
É fato que não é só o Brasil que sofre neste momento com queimadas. Em muitos países, as mudanças climáticas estão agravando esse problema. A mudança climática está nos atingindo também. O país vive a segunda seca severa consecutiva na bacia hidrográfica da Amazônia, que é a maior bacia hidrográfica do mundo. A questão aqui é o fogo colocado.
E isso pode ser identificado com imagens, área florestada que é desmatada e transformada, em seguida, em pasto. O Inpe, o MapBiomas têm essas imagens. É fácil fazer essa comprovação, por exemplo, de que aquele pasto era uma área de floresta que foi desmatada ilegalmente.
O Brasil tem que combater o fogo, como está fazendo no cerrado, por exemplo, prender os criminosos, levá-los à Justiça, deixar evidente o comprometimento do governo tanto com o combate aos incêndios quanto a destruição da floresta amazônica.
Fonte: O GLOBO
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