Prefeito Léo Moraes (PODEMOS) e Senador Marcos Rogério (PL-RO)
BRASIL 364 - A política é frequentemente marcada por alianças improváveis e estratégias discretas. Em 2022, Marcos Rogério (PL) e Léo Moraes (Podemos) protagonizaram uma disputa acirrada pelo governo de Rondônia, marcada por intensos debates e trocas de farpas.
Apesar disso, ambos foram derrotados por Marcos Rocha (UB), cuja postura mais moderada conquistou o eleitorado. Dois anos depois, Léo Moraes alcançou a prefeitura de Porto Velho, recuperando relevância no cenário político regional.
Enquanto isso, Marcos Rogério, outrora uma figura de destaque no estado, viu seu espaço político diminuir, sem cargos de influência nos governos estadual ou federal. No entanto, informações indicam que o senador tem encontrado formas de se manter ativo nos bastidores da política local.
Segundo fontes próximas à administração de Léo Moraes, aliados de Marcos Rogério têm ocupado posições estratégicas na gestão municipal. Por meio de articulações com vereadores do PL, Rogério conseguiu, ainda que indiretamente, emplacar nomes ligados ao seu grupo político em cargos na Prefeitura de Porto Velho (PMPV).
Essa movimentação é vista como uma tentativa de Rogério de recuperar a base eleitoral que perdeu desde as eleições de 2022. Ele estaria utilizando esses “cabos eleitorais” para manter sua influência na capital e, assim, pavimentar o caminho para uma possível candidatura ao Senado ou ao governo estadual em 2026.
A aliança velada entre antigos rivais levanta questionamentos sobre os rumos da política rondoniense. No início de sua gestão, Moraes parece um pouco desorientado, lidando com a pressão de governar a capital e com a possibilidade de sofrer “fogo amigo” de grupos políticos com interesses próprios. A presença de apoiadores de Rogério na administração municipal pode se tornar uma peça-chave para o fortalecimento da base eleitoral do senador, mas também um elemento que ameaça desgastar a governabilidade de Moraes.
Marcos Rogério, conhecido por sua capacidade de adaptação, sabe da importância de ter aliados em posições estratégicas para preservar e expandir sua influência. A dinâmica atual entre os dois políticos, que são adversários declarados, reflete as complexidades e contradições da política regional.
Os próximos capítulos dessa trama podem trazer novos acordos, alianças e possíveis traições, redesenhando o já complexo cenário político de Rondônia e apontando os rumos para as eleições de 2026.
Fonte: BRASIL 364
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