364 - Porto Velho vive um momento de turbulência na gestão pública após a decisão do prefeito Léo Moraes de terceirizar os serviços de limpeza urbana. A medida, que promete eficiência e modernização, está sendo implementada com a chegada de uma nova empresa contratada para executar o serviço. No entanto, a mudança trará impacto direto nos salários dos servidores municipais que atuavam nessa área, gerando descontentamento e preocupação.
Os servidores da SEMUSB, responsáveis pela limpeza urbana irão enfrentar uma redução significativa em seus rendimentos.
“É uma situação desumana. Nós nos dedicamos por anos a manter a cidade limpa e agora somos colocados de lado. A prefeitura deveria valorizar quem sempre esteve na linha de frente”, desabafou José servidor público há mais de 15 anos.
A administração do prefeito Léo Moraes (Podemos), defende a terceirização como uma estratégia para aumentar a eficiência do serviço e reduzir custos.
Enquanto a prefeitura enaltece os benefícios da medida, os servidores, apoiados por entidades sindicais, farão manifestações para reivindicar a revisão da decisão. Entre as principais demandas, estão a realocação dos trabalhadores em funções equivalentes e a garantia que não perderão gratificações.
Além da redução salarial, os servidores alegam que a terceirização ameaça direitos adquiridos ao longo da carreira. “Estamos preocupados com o futuro das nossas famílias. Muitos de nós dependem desse emprego e agora não sabemos o que vai acontecer”, afirmou Maria Aparecida, outra servidora que poderá ter perca salarial.
Especialistas em gestão pública avaliam que a terceirização pode gerar ganhos de eficiência, mas alertam para os riscos sociais e jurídicos da medida. O advogado e especialista em Ciência Política Samuel Costa aponta que o equilíbrio entre eficiência administrativa e proteção aos direitos dos trabalhadores é essencial.
“A modernização da gestão pública não pode ignorar os impactos sociais. É preciso construir um diálogo transparente entre as partes envolvidas para evitar que os servidores sejam penalizados”, destacou Costa.
A situação segue em aberto, com sindicatos pressionando por uma negociação mais justa e servidores aguardando respostas claras da prefeitura. Enquanto isso, a população observa os desdobramentos da medida, que já começa a moldar um novo cenário para a limpeza urbana de Porto Velho.
A dúvida que persiste é se a prometida eficiência compensará os custos sociais gerados por uma decisão que, até o momento, divide opiniões.
Fonte: Brasil364
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