364 - Porto Velho enfrenta um grave retrocesso na educação inclusiva, denunciado pela Comissão de Famílias Atípicas. Em reunião promovida pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED), a nova gestão do Departamento de Políticas de Educação, sob comando de Vera Lúcia Boges, apresentou medidas que, segundo mães atípicas e especialistas, representam um ataque direto aos direitos das crianças autistas e com deficiência.
A principal queixa da comunidade é a falta de diálogo e a imposição de políticas que desconsideram a realidade dos alunos e professores. Entre as mudanças, a exclusão de profissionais de apoio e a sobrecarga dos docentes foram classificadas como um "desmonte da inclusão escolar". A recente nota técnica da SEMED reforça essa preocupação ao demonstrar um desconhecimento profundo sobre as necessidades pedagógicas dos alunos com deficiência.
A indignação é ainda maior porque o prefeito Léo Moraes (Podemos), sempre utilizou a pauta do autismo para se promover politicamente. Durante sua trajetória, ele se apresentou como defensor da causa e buscou apoio da comunidade atípica. No entanto, diante das atuais medidas excludentes, o prefeito vira as costas para as crianças autistas e suas famílias.
Para as mães atípicas, o discurso de inclusão foi apenas uma estratégia eleitoral. Agora, sem o suporte adequado nas escolas, seus filhos enfrentam o risco de regressão no desenvolvimento e exclusão educacional.
Além do prejuízo às crianças, a decisão de impedir que professores realizem horas extras sem oferecer soluções adequadas sobrecarrega ainda mais os profissionais. A falta de apoio dentro das salas de aula compromete não só a qualidade do ensino, mas também o bem-estar dos docentes.
A educação inclusiva não é um favor, mas um direito garantido por lei. A precarização do ensino imposta pela atual gestão da SEMED representa um ataque direto aos avanços conquistados nos últimos anos e compromete o futuro das crianças que dependem de um suporte especializado.
Diante desse cenário alarmante, a Comissão de Famílias Atípicas publicou uma nota de repúdio exigindo que a Prefeitura de Porto Velho assuma sua responsabilidade e reveja urgentemente as medidas anunciadas. A comunidade cobra transparência e participação ativa de especialistas e famílias na definição das diretrizes educacionais.
O lema “Nada sobre nós, sem nós” ecoa como um chamado à mobilização, exigindo que nenhuma decisão seja tomada sem a escuta daqueles que realmente vivem essa realidade.
A Prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias, mas a pressão da comunidade cresce, deixando claro que a luta pela inclusão escolar está longe de acabar.
Fonte: Brasil364
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