Gestão Léo Moraes desmantela Educação Especial e persegue Famílias Atípicas

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Brasil 364

Gestão Léo Moraes desmantela Educação Especial e persegue Famílias Atípicas

A gestão do prefeito Léo Moraes (Podemos) tem sido alvo de duras críticas devido à precarização do atendimento a crianças com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento na rede municipal de ensino de Porto Velho. Reuniões promovidas pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) evidenciaram não apenas o despreparo da administração, mas também atitudes de intimidação contra famílias atípicas e profissionais da educação.

Nos dias 3 e 4 de fevereiro, a SEMED realizou encontros com trabalhadores da educação e famílias atípicas para discutir a Educação Especial. No entanto, em vez de promover um diálogo construtivo, os eventos foram marcados por intimidação e desrespeito.

Na primeira reunião, realizada em um templo da Igreja Assembleia de Deus – em claro desrespeito à laicidade do Estado –, uma professora que questionou a política educacional para alunos com deficiência foi prontamente silenciada pela Diretora de Educação Especial, Vera Lúcia. Com agressividade, a representante da SEMED respondeu que não daria “palco” à docente e que, caso quisesse falar com ela, deveria procurá-la em seu gabinete.

Já no segundo encontro, marcado para as 14h, os presentes tiveram que pressionar para que a reunião começasse, após quase uma hora de atraso. Quando algumas mães começaram a cobrar explicações, Vera Lúcia teria reagido com ameaças veladas, dirigindo-se a algumas delas com a frase: “Eu te conheço, sabia que eu te conheço?”.

Além das intimidações diretas, a Diretora usou a fala de vereadores ausentes para desmoralizar os pais e mães presentes, alegando que os parlamentares não compareceriam porque as famílias atípicas eram “baderneiras” e “arruaceiras”. Como estratégia para conter as críticas, iniciou uma oração no meio da reunião, o que foi interpretado pelos presentes como uma tentativa de silenciá-los.

Além do ambiente hostil imposto às famílias e trabalhadores da educação, a Prefeitura de Porto Velho anunciou mudanças preocupantes na política de atendimento a crianças com deficiência. O chamado Programa Unidos pela Educação Inclusiva, lançado em 31 de janeiro, promove uma grave precarização no suporte oferecido aos alunos público-alvo da Educação Especial.

O programa prevê a substituição dos monitores qualificados – atualmente professores contratados que realizam hora-extra – por voluntários que receberão uma bolsa de apenas R$ 60. Esses voluntários poderão ser alunos de Pedagogia ou até mesmo pessoas com apenas o Ensino Médio, sem a formação necessária para lidar com as demandas específicas das crianças com deficiência.

Essa medida reduz drasticamente a qualidade do atendimento, colocando a educação inclusiva em Porto Velho em risco. Professores que antes atuavam como monitores, já submetidos a cargas horárias exaustivas, agora são completamente retirados da função, deixando o suporte aos alunos nas mãos de pessoas sem especialização.

O conjunto de decisões da gestão Léo Moraes revela um cenário de descaso e desrespeito às crianças com deficiência e suas famílias. Além da falta de estrutura adequada, da ausência de diálogo e da intimidação aos que questionam a política educacional, agora os alunos com necessidades especiais correm o risco de perder o suporte essencial para seu aprendizado.

Diante disso, mães e pais de crianças atípicas exigem que a Prefeitura reavalie as mudanças e garanta um atendimento digno e qualificado para seus filhos. A luta por uma educação inclusiva e acessível não pode ser silenciada por ameaças, discursos religiosos ou políticas de precarização. O direito das crianças à educação de qualidade deve ser prioridade, e não alvo de cortes e improvisos irresponsáveis.

Fonte: Brasil364

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