364 - A possível implementação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) em Porto Velho, sob a gestão de Léo Moraes (Podemos) e Jaime Gazola (PL), tem gerado grande preocupação entre trabalhadores e entidades da saúde. O modelo, defendido por gestores como uma solução para melhorar a eficiência dos serviços, já demonstrou impactos negativos em diversas cidades do Brasil, especialmente para os profissionais da área.
Em locais onde as OSS foram implantadas, houve relatos de atrasos salariais, falta de insumos básicos e até calotes nas verbas rescisórias. No Pará, por exemplo, médicos contratados como PJ ficaram meses sem pagamento; no Rio de Janeiro, funcionários terceirizados da saúde passaram até cinco meses sem receber salários; e, no Mato Grosso do Sul, o governo precisou cobrir R$ 2,8 milhões em dívidas trabalhistas deixadas por uma OSS que abandonou o contrato.
Em Porto Velho, a resistência à terceirização da saúde tem sido forte. Entidades como o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e o Conselho Estadual de Saúde devem se manifestar contrárias ao modelo.
Além disso, representantes do Conselho Regional de Farmácia e do Sindicato dos Farmacêuticos denunciam que a proposta das OSS pode ser um pretexto para favorecer empresários e desviar recursos da saúde pública. Há questionamentos sobre a falta de transparência em relação às empresas envolvidas e possíveis interesses políticos ou financeiros ocultos.
Diante desse cenário, a decretação de "Estado de Emergência" sem prazo fixado aumenta a preocupação com a possibilidade de terceirização da saúde em Porto Velho. Para os trabalhadores, a implantação das OSS representa um cheque em branco para empresários, colocando em risco direitos trabalhistas e a qualidade do atendimento à população.
Fonte: Brasil364
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